quarta-feira, julho 30, 2008

E de repente, o telefone não tocou. E nem tocará.

E de repente,
Minha dor que era grande fica pequena
E minha calma pequena fica gigante.
Talvez esteja tudo sendo exatamente como deveria ser.
Cada pausa de cada vírgula
Cada ponto de partida de cada ponto final.
E como num grande espetáculo, as luzes se acendem
E o picadeiro vazio se enche de aplausos.
Da janela, o desespero se despede da vida
Na cama, a alegria se despede da tristeza
E o que era saudade
Deu três pulinhos e sentou no sofá da conformação.
Tudo do jeitinho certo
Que só em momentos assim vejo com clareza.
Afinal, bolas de soprar à parte
Tem muito mais graça viajar de balão que de jatinho
Para o paraíso de lá adiante.
Não precisa ligar que eu não ligo.
Foi ligando que eu me liguei
Que é só não ligar para os momentos em que me falta chão
Que o chão aparece.
Passado o maremoto,
Tudo volta pro seu devido lugar de agora
Que não é o de ontem
Nem o que seria o de amanhã...
Mas quem disse que o trem pára só porque saltamos na estação errada?
Errada?

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