sábado, julho 03, 2010

Alguma coisa

.
"Nada não."

Eu sempre soube que ela franziria as sobrancelhas e me diria isso ao partir. O recuar em momentos de cheque fazia parte de sua beleza.
Seus olhos cansados sairam olhando as nuvens, e suas sandálias surradas, chutando pedras.
Eu fiquei no banco da praça sem entender, mais uma vez, o que tinha acontecido.
Até hoje procuro o rastro desse "Nada não". Mas perdi seu perfume de vista quando ela virou a esquina.

Nenhum comentário: