sábado, outubro 20, 2007

Passo e repasso


O peito sofre mas entende.

Ignora o fatalismo que aconteceria no “se”,

Alimenta-se de boas lembranças

E recosta na sombra certa do amor.

Desiste de bater por tempos inexistentes

E por medos imaginários.

Cerra os ouvidos ao talvez...

Cala-se e recolhe-se ao aconchego do sim,

Que não garante, mas anestesia, a histeria do não.

Conforta-se na certeza do agora

E sublima-se na possibilidade do eterno.

Ganha coragem e segue adiante

A cada compasso

Dia-após-dia

Passo e repasso.

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