sábado, setembro 22, 2007

Quantas vidas poderiam caber em mim?


Esse desatino que me persegue

É o mesmo que me cala.

Quando recuar é avançar?

O céu se abre azul por detrás de minha cortina amarela.

Nunca quis ter vida cor-de-rosa

Só se fosse com carvão

Ao som de Marisa que já me embebedou aos montes.

Mas acho que nem assim.

Cores.

Dores.

Sortes mil nesse céu espetacular.

É tanto mundo, é tanto chão, é tanta vida

É tanto cheiro, é tanto gosto, é tanta coisa!

Ai, meu deusu!

Por que diabos sou só uma?

Parece-me impossível a completude

Quando tudo é parte de um todo

Que se reparte em minúsculas partes espalhadas por aí...

Quantas vidas poderiam caber em mim?

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