Esse desatino que me persegue
É o mesmo que me cala.
Quando recuar é avançar?
O céu se abre azul por detrás de minha cortina amarela.
Nunca quis ter vida cor-de-rosa
Só se fosse com carvão
Ao som de Marisa que já me embebedou aos montes.
Mas acho que nem assim.
Cores.
Dores.
Sortes mil nesse céu espetacular.
É tanto mundo, é tanto chão, é tanta vida
É tanto cheiro, é tanto gosto, é tanta coisa!
Ai, meu deusu!
Por que diabos sou só uma?
Parece-me impossível a completude
Quando tudo é parte de um todo
Que se reparte em minúsculas partes espalhadas por aí...
Quantas vidas poderiam caber em mim?
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