terça-feira, setembro 11, 2007

Dou minha cara a tapa e tiro meu chapéu

Como escrever é verbalizar os sentidos

Fico no silêncio da inexatidão

O que não está fora não é

E o que não é, não dói

Malabarismo de ilusão.


Interfaces, entre faces, em ti faces

Como se o proibido corresse de mim

Em mim, para mim

E todo o ciclo infindando com o pôr-do-sol


Deixo-me a flor mais perfumada de fim de tarde

Deixo-me o mar gentil de mei’ de dia

Deixo-te e deixo-me rastro de eternidade


Não sei como seria e nem ao certo como ainda é

Não sei se venceria toda e qualquer maré de fé

Não sei, mas como saberia o que era e o que é?


E nesses tropeços de concordâncias

In-acertanças mil

Corro pra lá, volto pra cá.

Quando menos me espero

Mais me impressiono

E cogito o de sempre lá intacto

Tantas verdades soltas ao léu...


E eu, de refém viro réu

Fazer o quê?

Dou minha cara a tapa e tiro meu chapéu.

Nenhum comentário: