sábado, outubro 01, 2005

NOMES
Fernanda . Nanda . Nan . Nana (e a variacao com acento til no ultimo A) . Finha . Serafina . Josefina . Casinha . Casebre . Littlhe House . Minha Gatinha . Lindona . Nandoca . Filhinha . Filhona . Mana . Prima . Naninha . Fe . Nenda .


Inumeras formas de chamar uma unica pessoa. Cada qual com seu olhar e opinioes sobre quem eu seja, sobre o que eu gosto, ou deixe de ser e de gostar. Cada um conhecendo um pedaco. Vendo de uma perspectiva. Vivenciando um momento. Nunca EU. Sempre minhas versoes. Pedacos de mim.

Meias verdades? Digamos, incompletas. Pois a outra metade da verdade nao eh mentira. Eh o desconhecimento.

Nao ha como me definir. Talvez tracar um padrao de comportamento - tem horas que sou extremamente previsivel. Mas ninguem nunca acerta aonde eu vou chegar. Nunca sei onde vou chegar. Mas vou sempre. Vou em frente. Olhando as esquinas, as pessoas, os esquilos, cachorros, gatos e passaros (ainda nao consegui ver um veado por aqui). Na verdade sigo olhando muito mais.

Vejo o delinear do sol quase-poente na copa as arvores. A sutileza de mil cores que se escondem por detras do amarelo. Sinto cheiros conhecidos em lugares nunca idos. Me perco em cada rua. Me acho em cada re-encontro com algo antes visto. Senso de direcao terrivel. Uma memoria fotografica perfeita. Quase loucura.

Sigo sempre. Vou de frente. Contorno beiradas e precipicios. Pulo em alguns abismos. Atravesso esse escuro tuneo que me levara a mim. A lua me guia. Sim. Ha lua em tuneis escuros. So quem permanece de olhos bem abertos nao pode ver.

Eu. Talvez um dia descubra como me descrever. Nao as palavras. A melodia da cancao. Minha vida tem trilha sonora. Talvez por isso me de tao bem com musicais. Mullan Rouge. Amor, cor, musica. Estrelas guias de minha jornada. Sei do que nao gosto. Sei o que nao quero. Sei que tudo posso. Sim. Posso cair. Posso chorar. Posso errar. A perfeicao sempre esteve la fora. Eh apenas um reflexo que sigo. Nao quero ela em mim. Nao teria graca nao ter o que fazer, nao ter o que mudar, nao ter sobre o que pensar.

Nao sei se sao palavras, pensamentos ou sensacoes, mas minha garganta trava vez ou outra. Acredito na propria cura. Nao gosto de remedios - so quando aquela colica infernal vem de jeito. Prefiro a cura pelos bons pensamentos. Maluquice? Talvez. Nao direi que nao, so que funciona em mim. Entao, vou bem, obrigada.

Obrigado.

***

Nenhum comentário: